O filme conta a história de Violeta (Carmen Sevilla), uma cigana que lê a mão da jovem Eugenia de Montijo (Simone Valère) quando esta visita Sevilla ao lado de sua mãe. No futuro da jovem está um casamento com Napoleão III (Louis Arbessier), imperador da França. Impressionada com a previsão, Eugenia parte para a França e lá é convidada para um baile cujo anfitrião é o imperador. Os dois se apaixonam e a jovem chama a cigana para lhe fazer companhia. Don Juan de Ayala (Luis Mariano), primo de Eugenia, que ficara interessado em Violeta desde que a vira em Sevilla, fica feliz ao vê-la tão perto, mas como um bom galanteador, não está disposto a abrir mão da solteirisse por uma simples cigana. Violeta, caída de amores por Don Juan, decide ir embora da corte, mas Eugenia não permite.
A história, escrita por Henry Roussel, tinha tido inspiração em dois personagens reais, Napoleão III e sua esposa Eugenia de Montijo e já tivera duas versões cinematográficas protagonizadas pela estrela Raquel Meller. A primeira, realizada ainda no período do cinema mudo, foi lançada em 1923 e a segunda em 1932. A história serviu também de inspiração para um dos quadros pintados por Salvador Dalí.
Um dos destaques do filme é Luis Mariano, considerado uma das vozes mais marcantes do cinema espanhol. A estréia de Violetas Imperiais fez com que sua popularidade aumentasse ainda mais. O tenor, que fez sua estréia no cinema em Le Chant de l’Exile (1943), tinha gravado o primeiro disco em 1939. Mariano tinha sido destaque em vários filmes enquanto continuava a fazer recitais em todo o mundo. No México, cerca de 100.000 fãs o esperavam para assistir seu concerto.
Sua associação com a bela Carmen Sevilha aumentou ainda mais sua popularidade. Sevilla tinha uma beleza típica espanhola e além de atriz era uma dançarina e cantora, sendo uma das atrizes mais famosas na Europa da década de 50. A atriz teve sua estréia no cinema no musical Jalisco Sings In Seville (1948), participando de vários papéis populares. Mariano e Sevilla ainda iriam fazer mais um filme juntos, a opereta “La Belle de Cadiz”, mas após esse trabalho seguiriam carreiras em separado.
O diretor Richard Pottier, austríaco cujo nome verdadeiro era Ernst Deutsch, tinha sido auxiliar de Josef von Sternberg em O Anjo Azul, e após fixar residência na Espanha assumiu o nome pelo qual se tornou conhecido. Ele dirigiu Violetas Imperiais de forma brilhante, narrando a história de forma leve e musical. Um dos momentos mais marcantes é quando Violeta canta sua primeira música no bar, sendo vista por Don Juan, que fascinado, a observa.
Vale a pena conferir essa opereta lançada pela ClassicLine que vem dando destaque a produções clássicas espanholas. Recentemente a distribuidora lançou também La Violetera, com Sara Montiel.
Comente Aqui!