Os Melhores Filmes de Jerry Lewis

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Não tem jeito, quando postamos vídeos, fotos ou curiosidades sobre Jerry Lewis, percebemos o quanto ele ainda é querido pelo público do Cinema Clássico. O astro americano que tantas vezes invadia nossas sessões da tarde, conseguiu manter um público cativo, mesmo que outros nutram pelo mesmo um certo nível de desdém, considerando seu estilo de comédia ultrapassado. O ator marcou época, levando milhões aos cinemas, e  quando a América cansou-se dele, os europeus, sobretudo os franceses, mantiveram por ele um imenso carinho e abraçaram suas obras.

Além de ator, ele também cantava, dirigia e produziu grande parte de sua obra. Aparecendo em 72 produções, dirigiu 13 destas. Lewis e Dean Martin iniciaram a carreira de sucesso juntos quando lotavam casas de shows com seus espetáculos que lhe renderam convites para estrelarem A Amiga da Onça (1949). Dezesseis filmes depois se separavam. Jerry iniciava um novo rumo dedicando-se à direção. Havia dúvidas se os dois fariam sucesso separados após tanto tempo juntos, mas ambos conseguiram trilhar seus caminhos com sucesso.
Dean Martin e Jerry Lewis
Dean dedicou-se mais à carreira de cantor, embora aparecesse constantemente em outros filmes, quase sempre como o galanteador sedutor e cantor. Tornou-se célebre também como um dos Rat Packs, grupo que formou ao lado de Frank Sinatra, Sammy Davies Jr. e Peter Lawford, e se apresentava em casas de shows. Jerry, por sua vez, passou a dirigir seus próprios filmes e tomou o controle sobre suas produções, reinando na Paramount, que considerava sua segunda casa. Seu personagem infantilizado se tornou uma marca registrada.
Outra parceria constante foi com o diretor Frank Tashlin, iniciada justamente no final da caminhada da dupla Lewis e Martin. Foi ele quem teve a árdua tarefa de os dirigir no último filme que fizeram juntos, Ou Vai ou Racha (1956). Após a separação da dupla, Tashlin assumiu a direção dos seus primeiros filmes solo.
Jerry ao lado de Frank Tashlin

Indicar bons filmes para novos fãs é tarefa difícil, pois envolve também a parte emotiva, mas seguem alguns que podem servir de base para que você conheça um pouco mais de sua obra:

Bancando a Ama-Seca (1958)

Clayton passou sua vida à espera de Carla, um antigo amor de infância que se tornou uma atriz famosa. Ele vive em uma pequena cidade do interior, e as pessoas parecem saber cada passo de todos. Carla fica com problemas após engravidar e ter gêmeos de seu marido desaparecido. Clayton surge para salvar a vida da mulher de sua vida. Leia mais.

O Mocinho Encrenqueiro (1961)

Morty é contratado pela Paramount para espionar o funcionamento e descobrir porque o estúdio está perdendo tanto dinheiro. O problema é que Marty, mesmo com boas intenções e gentil, tem o dom de meter-se em encrencas e arranjar confusão. O filme traz algumas gags maravilhosas como a cena do elevador, a tentativa dele em comer um simples sanduíche e a mímica onde fingi conduzir uma orquestra tocando “Blues in Hoss’ Flat”, da Count Basie and His Orchestra.

O Terror das Mulheres (1961)

Após ser traído por sua amada, Herbert H. Heebert fica traumatizado e foge das mulheres. Para seu azar, consegue um emprego em uma pensão repleta delas. Todas elas belas. Durante a produção deste filme, Jerry acabou criando o “video assist”, um sistema de câmera de vídeo acoplado em sua câmera e que facilitava a direção. A produção inclui-se na lsita de “1001 filmes para ver antes de morrer”, editada por Steven Schneider. Dentre os roteiristas encontram-se Mel Brooks, que pediu que seu nome fosse retirado dos créditos finais, tudo porque ele não concordava com as alterações que foram feitas.

O Professor Aloprado (1963)

 A versão de Lewis para o Médico e o Monstro o traz como um professor desengonçado que cria uma poção e ao toma-la transforma-se em um galã mal caráter. A curiosidade fica por conta de que Buddy Love em muito lembra seu antigo companheiro Dean Martin. Jerry negou ter usado seu amigo como fonte de inspiração, mas fica claro o tom satírico. Jerry escreveu sete roteiros para este filme e também produziu a refilmagem de 1996, que trazia Eddie Murphy nos papéis principais.

Artistas e Modelos (1955)

 Um cartunista desempregado sente-se incomodado quando, toda noite, seu companheiro de quarto sonha com aventuras que nunca foram publicadas e que tem enorme aceitação perante o público. Esse filme traz a canção “innamorata” que passou a ser um sucesso absoluto tanto na voz de Dean Martin quanto de outros cantores. Também marcou o primeiro encontro entre Dean e Shirley Maclaine que juntos fizeram alguns outros trabalhos como Some Came Running (1958) e Onze Homens (1960). A escolha da atriz foi de Jerry, que depois de vê-la nos palcos em “The Pajama Game” convenceu o produtor a usa-la neste filme.

Ou Vai Ou Racha (1956)

 Malcolm Smith é um homem simples que sonha em ir a Hollywood para conhecer Anita Ekberg, participando de sorteios para ganhar um carro. Em um desses sorteios ele conhece Steve (Dean Martin), que é um vigarista que deseja também ganhar o carro. Os dois acabam dividindo o prêmio e partem para Hollywood. Dirigido por Frank Tashlin, foi o último da dupla Martin e Lewis. As filmagens não devem ter sido fáceis, já que os amigos já não se falavam durante o trabalho e as discussões contribuíram para a separação. O resultado foi tão doloroso para ambos que eles não o viram finalizado.

O Otário (1964)

 Após a morte de um famoso comediante, sua equipe está decidida a não perder dinheiro, e para isso buscam encontrar um substituto. Ao verem o atrapalhado Stanley Belt, um mensageiro de hotel, decidem que ele é um nome certo para o papel, transformando-o em um novo ídolo. O filme traz um elenco fabuloso, que tem como destaques Peter Lorre (que faleceu pouco depois, em 23 de março de 1964), John Carradine e Ina Balin.

O Rei da Comédia (1983)

 Eis aqui uma oportunidade de conferir Lewis em um drama. Seu personagem é uma mordaz e satírica visão dele mesmo. Aqui ele é Jerry Langford, consagrado apresentador de tv que é sequestrado pelo psicopata Rupert Pumplin (Robert De Niro), um homem que julga ser um grande porém não reconhecido comediante. Curiosamente De Niro faria outro papel semelhante em Estranha Obsessão. Antes de Jerry, Frank Sinatra e seu ex-companheiro Dean Martin foram cotados para o papel. Um mal estar ocorreu durante as filmagens quando De Niro usou provocações anti-semitas para irritar o comediante. Apesar de chocado, Jerry optou por continuar trabalhando.

O Rei dos Mágicos (1958)

 Mais um dirigido por Frank Tashlin, e que dessa vez traz a história de Wooley, um mágico contratado para animar soldados no Japão. Desde sua chegada ele causa uma série de confusões, mas acaba se afeiçoando ao pequeno Mitsuo Watanabe (Robert Hirano), um garotinho que perdeu o pai e vê em Wooley um substituto. O filme marca a estréia da atriz Suzanne Pleshette no cinema.

Cinderelo sem Sapato (1960)

 A versão de Frank Tashlin e Lewis da história da Cinderela traz Jerry como o “gato borralheiro”. Durante as filmagens da cena em que sobe as escadas correndo, o ator teve o primeiro dos ataques cardíacos que iria sofrer. Mas tirando essa triste curiosidade, é um dos melhores filmes de sua carreira. O ator  tem a companhia da bela atriz e cantora italiana Anna Maria Alberghetti .

Errado pra Cachorro (1963)

 Mais um da dupla Lewis e Tashlin. Phoebe (Agnes Moorehead) não aprova o namoro de sua filha Barbara (Jill St. John) com Norman, um rapaz honesto porém pobre. Para afastá-lo de sua filha, inflige ao mesmo as maiores humilhações. Em uma das cenas, Jerry provaria uma guloseima repleta de formigas fritas. Sem que o ator soubesse, a equipe de produção colocou formigas de verdade na comida, fato que ele só percebeu após terminada a cena.

O Mensageiro Trapalhão (1960)

 Stanley é um mensageiro que se mete em absurdas situações, se safando delas de uma cena para outra. Stanley não fala, exceto por alguns segundos antes do desfecho do filme, onde pronuncia 24 palavras apenas. Jerry contou com a assessoria de outro grande mestre da comédia, o ator Stan Laurel da dupla O Gordo e o Magro. Ele deu sugestões e dicas sobre a pantomina. O filme acabou arrecadando 10 milhões de dólares somente nos EUA.

Uma Família Fuleira (1965)

Jerry interpreta vários personagens durante o filme: o motorista e os tios da pequena Donna (Donna Butterworth). Ela é uma órfã que tem que decidir com qual tio ficará após a morte do seu pai. Com uma fortuna estimada em 30 milhões de dólares, ela terá que passar um tempo com cada um de seus tios, para só depois escolher com quem ficará.

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