Conhecendo melhor Bebe Daniels, a musa de Harold Lloyd

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Bebe Daniels, cujo nome verdadeiro era Phyllis Virginia Daniels, foi uma das principais estrelas do cinema mudo. Nascida em 14 de junho de 1901, iniciou o trabalho ainda criança nos palcos. E aos 9 anos foi a Dorothy na versão de O Mágico de Oz de 1910.

O IMDB informa que ela fez 234 trabalhos no cinema entre 1910 e 1955. Mas o período de maior sucesso abrange aquele em que ela atuou ao lado de Harold Lloyd. Para isso, ela participou de uma seleção de atrizes onde o diretor Hal Roach e o próprio Lloyd a escolheram. O fato de ela ser jovem e ter  muita experiência nos palcos ajudou.

Mas observe bem, naqueles tempos iniciais os filmes eram feitos com dois rolos e eram curtas. A revista Scena Muda (1921, edição 17), informava que ela nascera em Dallas e era descendente da imperatriz de Castella e que iniciou os trabalhos aos quatro anos de idades interpretando papéis shakespeareanos.

Não sabemos se é verdade, mas ela era filha da também atriz Phyllis Daniels. E as revistas também costumavam enfeitar a vida dos atores e atrizes. A dupla fez bastante sucesso, e ela afirmou que se apaixonou pelo cinema, pois achava mais fácil atuar lá do que nos palcos. Ela também se apaixonou por Lloyd e os dois iniciaram um romance quando ela tinha menos de 15 anos.

A diferença de idade entre os dois era de 8 anos. Ele chegou a pensar em casar-se com ela, mas o namoro terminou e eles continuaram tão amigos que ele nunca deixou de usar um anel que ela lhe dera. Aos 19 anos ela seguiu  seu caminho trabalhando para outros diretores como o aclamado Cecil B. DeMille.

Por volta de 1919 foi para a Paramount, e realizou seu sonho de fazer filmes mais variados. Trabalhou ao lado de Gloria Swanson em Macho e Fêmea (1919) e chegou a trabalhar com os atores mais famosos de sua época como May McAvoy. Trabalhou também com Rodolfo Valentino em Monsieur Beaucaire (1924), um total fracasso, já que as fãs do astro não gostaram de vê-lo vestido daquela maneira.

1928 chegou como uma bomba para os atores, atrizes e profissionais de cinema em geral. Chegava o cinema falado. Bebe não teve problemas em seguir carreira, e fez alguns filmes de sucesso como O Príncipe dos Dólares (1930) com Douglas Fairbanks, Rua 42 (1933) com George Brent, O Conselheiro (1933) com John Barrymore. Seu filme de maior sucesso no cinema falado foi O Falcão Maltês (1931), dirigido por Roy Del Ruth e com a participação de Ricardo Cortez.

Enquanto filmava Cadeia do Amor (1930), contracenou com Ben Lyon e os dois se apaixonaram. Em 1936 o casal partiu para a Europa, onde continuaram suas carreiras. Os dois tiveram dois filhos: Barbara e Richard Lyon (que foi adotado).  Ambos os filhos chegaram a fazer filmes mas seguiram outras carreiras. Seus pais permaneceram casados até a morte de Bebe em 16 de março de 1971, quando ela teve um derrame. Seu marido, voltou a se casar em 1974, com a também atriz Marian Nixon, com quem ficou até sua morte em 1979.

Agora uma pequena curiosidade: Ela era a atriz preferida de Al Capone. Ele era tão fão que quando soube que roubaram as jóias de Bebe de um hotel onde ela estava hospedada, deu o aviso de que se as jóias não fossem devolvidas em 24 horas, o ladrão receberia o que merecia. Os itens foram, claro e evidente, devolvidos.

Fontes: Silentsaregolden, Scena Muda, IMDB, Flickchart

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