Anthony Mann é muito lembrado por ter dirigido alguns dos melhores westers de todos os tempos. Em sua lista de filmes estão filmes como Um Certo Capitão Lockhart, Winchester ’73 e El Cid, dentre outros grandes sucessos. Suas histórias sempre carregam uma fotografia sensível do drama apresentado e seus temas o aproximam da tragédia grega, muitas vezes trazendo elementos considerados pesados para o gênero. Talvez por isso tenha se tornado tão inesquecível e seja considerado um mestre por tantos admiradores.
Em 1960 ele lançaria um de seus maiores sucessos, o western Cimarron. Desnecessário o subtítulo incluído na versão brasileira, “Jornada da Vida”, embora o filme, baseado no romance de Edna Ferber, seja uma saga que dura 20 anos, contando a história de um casal e das mudanças ocorridas nesse período . A história já havia tido uma versão em 1931 e trazia Irene Dunne e Richard Dix nos papéis principais.
Glenn Ford é Yancey Cravat, um aventureiro que se casa com a bela Sabra, interpretada por Maria Schell. Os dois partem para o Oeste com a esperança de conseguir e manter terras por lá, investindo em gado. Juntos irão passar por várias situações de perigo, fazendo novos amigos, constituindo uma família e passando por vários obstáculos, dentre eles, a falta de segurança e a luta pelas terras.
Sabra é uma jovem com esperança, mas que traz em si alguns preconceitos que carregará por sua vida. Em suas primeiras cenas, logo verificamos o preconceito que nutre contra indígenas, fruto do meio em que vive. E isso a longo prazo fará com que ela sofra consequências e seu filho se afaste ao notar que sua mãe não apoia seu romance com uma indígena. Sabra não é perfeita, assim como seu marido, que fará muitas bobagens ao longo da vida que os dois tem em comum, chegando a abandoná-la por anos sem dar notícias. Mas sem dúvida o que contribui para que esse seja um filme diferente das produções da época seja o final pouco convencional. Maria Schell já tinha se destacado em filmes como Le notti bianche e The Brothers Karamazov, e veio demonstrar mais uma vez porque se tornou uma atriz tão premiada em sua carreira que abrangeu seis décadas.
Glenn Ford também era um nome de destaque do período, tendo dividido as telas com Rita Hayworth em Gilda. Um ator versátil, se destacou em filmes noir e alguns dos westerns mais conhecidos, numa carreira que durou 50 anos.
Outro destaque no elenco é Anne Baxter, que apesar de fazer uma pequena participação mostra todo o seu talento já demonstrado em filmes como A Malvada. O filme recebeu indicações ao Oscar de Direção de Arte e Som.
Esse filme está sendo lançado pela ClassicLine (dublado e legendado) e pode ser adquirido nas principais lojas de DVDS ou no link abaixo: