A partir dos anos 40 a cinematografia mundial apontava para novos rumos, primando par aum realismo que tomou conta sobretudo das novas produções na Europa. Hollywood, por sua vez, permanecia uma fábrica de sonhos, e como tal, contava suas histórias fantásticas que continuavam a fascinar a tantos. E mesmo que algumas vezes trouxessem um viés absurdo de inexatidão, conseguiam como poucos entreter seu público cativo. E é assim que funciona com Os Vikings, Os Conquistadores (1958).
Inspirado no romance de Edison Marshall, foi rodado em climas desfavoráveis na Noruega e deu início a uma série de filmes sobre o tema. Kirk Douglas era o grande nome e já era um dos nomes mais queridos da época. O ator seria mais um daqueles que embora obtivessem fama e status de grande ator, jamais seria agraciado com o Oscar (recebeu posteriormente um honorário pela obra). E de fato ele tinha tanto poder naquele momento, que veio dele a indicação de Fleischer para a direção. Richard Fleischer surge tão confortável em um gênero que o consagrou. É dele a direção de títulos como Barrabás (1961) e Conan (1984). Mas o ritmo de gravação não foi tão tranquilo: Douglas interferia de forma constante na direção de Fleischer, o que o irritou bastante. E por conta disso, nunca mais trabalharam juntos. Complementando o elenco de peso, o galã Tony Curtis, Ernest Borgnine e Janet Leigh. Borgnine, embora faça o pai de Douglas no filme, era mais jovem que o ator na vida real. Bem, isso é Hollywood. Bem, vamos à história?
** O filme está sendo lançado em DVD pela Classicline em cópia legendada e dublada. Pode ser adquirido em qualquer loja do ramo ou na Livraria da Folha.